categorias de luto pelo falecimento de Alex Castilho

Chefe de equipe sofreu acidente na BR116, rumo a São Paulo.
Familiares estavam no veículo, mas apenas Castilho teve ferimentos fatais

A organização do evento que reúne as categorias Telefônica Speedy GT3 Brasil, Copa Renault Clio e Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3 está de luto pelo falecimento do engenheiro paulista Alex Castilho, de 40 anos, na tarde de quarta-feira (9). Castilho viajava de Curitiba, onde residia, para São Paulo, local do próximo encontro das categorias, neste fim de semana. O engenheiro trazia em seu carro a esposa, a sogra e as filhas, a menor ainda com poucos meses de idade. Apenas Castilho faleceu. "Todos nós estamos muito consternados com o ocorrido com o Alex Castilho, especialmente por que também envolveu a família em uma situação de violência e com resultados lastimáveis. É uma tragédia daquelas que a gente sente muito, daquelas que emocionam, principalmente os seus colegas de pista que o viam trabalhar e se dedicar no dia-a-dia", comentou Luis Roberto Souza, CEO da SRO Latin America, organizadora da GT3 e coordenadora do evento que reunirá as três categorias no fim de semana. "Em nome de todos que estarão trabalhando no autódromo, eu gostaria de oferecer nossos sentimentos para a família e os amigos do Alex, que eles tenham força para superar este episódio tão triste. Não há muito mais o que dizer".
O impacto aconteceu no quilômetro 280 da rodovia Regis Bittencourt, a BR116, na altura da cidade de Barra do Turvo. Segundo relatos iniciais, uma carreta estaria fazendo manobras na rodovia, e o episódio acabou gerando as condições para a batida. Informações de pessoas ligadas ao engenheiro dizem ainda que Castilho teve apenas tempo de posicionar o veículo de forma a minimizar o impacto para os demais ocupantes, colocando o seu lado do carro como o foco da colisão. Alex faleceu na hora.
A esposa e a filha menor do engenheiro passam bem, sendo que sua sogra permanece em observação e a filha mais velha deveria passar por exames complementares devido à falta de sensibilidade nos membros inferiores. Alex, que até o ano passado era o dono da Castilho Motorsport , uma escuderia de Fórmula 3, vinha exercendo em 2008 a função de engenheiro de pista para os pilotos Paulo Bonifácio e Ingo Hoffmann na GT3 Brasil - a dupla é terceira colocada na tabela. A equipe informou que pretende disputar a 7ª e 8ª etapas neste fim de semana em Interlagos. "O pai e a esposa do Alex me pediram que déssemos continuidade ao trabalho, que não parássemos. A equipe está unida e também quer ir em frente, apesar de todos estarmos chocados e vivendo um clima de muita tristeza", disse Paulo Bonifácio, novamente um candidato ao título na GT3.
Alex Castilho sempre foi um dos mais respeitados engenheiros do meio. Em apenas dez anos de carreira, ele conquistou seis títulos na Fórmula 3 Sul-Americana, sendo três na Categoria A, e outros três na extinta categoria Light, além de alguns vice-campeonatos. À parte a conhecida competência nos aspectos da engenharia automobilística, Alex Castilho oferecia uma postura sempre simpática e atenciosa, e era notadamente um grande entusiasta do esporte no qual militava. Mais importante ainda, o sucesso e a postura amigável conquistaram para o ainda jovem engenheiro uma legião de amigos em todas as categorias nacionais brasileiras.